A ORIGEM DO CAVALO NORDESTINO

09/02/2011 01:32

 FONTE: www.cavalonordestino.blogspot.com 

 

 

 

É diretamente do Barbo, Bérbere ou Norte-Africano, cavalo de batalha utilizado pelos Turcos muçulmanos e as raças autoctones de Portugal que foram introduzidos no Brasil no período colonial. O cavalo Barbo o Árabe e o Turquiano são consideradas raças tronco, uma vez que delas se originaram todas as outras raças que conhecemos atualmente. Alguns historiógrafos afirmam que o Brasil

 

recebeu os primeiros cavalos vindos com outras espécies domésticas das ilhas da Madeira e das Canárias, em 1534, por iniciativa da esposa de Martin Afonso de Souza, Dona Ana Pimentel, posteriormente em 1535 Duarte Coelho inicia a sua criação em Pernambuco, mas a notícia concreta,através de documentos, da primeira introdução desta espécie em nosso País é dada por Tomé de Souza em 1549 recebendo cavalos de Cabo Verde e coube a Garcia D'Ávila, senhor da Casa da Torre (Tatuapara), no litoral na Bahia, o trunfo de disseminar bovinos e equínos por todo interior do nordeste principalmente através do Rio São Francisco (Rio dos Currais) enfrentando condições difíceis de sobrevivência com escassez de água e alimentos, sendo esses de péssima qualidade, sem falar nos terrenos quentes e pedregosos, tocados sem ferradura, assim foi sendo forjado a única raça no mundo que mais possui característicasidênticas ao cavalo berbere.

Padrão Racial

Porte médio com 1,30m de altura média de cerenlha (+ 0,20cm), bem proporcionado, leve, musculatura definida e forte, cabeça pequena, larga na frente, ganachas afastadas, perfil retilíneo a subconvexo, pescoço de comprimento médio, piramidal e bem implantado. Tronco médio com boas espáduas, cernelha levemente saliente, dorso reto, garupa densa, olhos afastados móveis e expressivos, orelhas medianas bem dirigidas, temperamento ativo e dócil, aptidão para o trabalho com gado, esporte e tiro leve, cascos rígidos e geralmente pretos, a pelagem predominante é a castanha e posteriormente : Tordilha, alazã, Pedrês e Baia. O cavalo nordestino caracteriza-se, principalmente, pela sua sobriedade, rusticidade, rigidez de músculos, cascos duros forjados no terreno árido é capaz de percorrer até 70 km por dia e que dispensa qualquer ferradura; além de uma fácil adaptação ao meio e ao processo de criação.Este valoroso cavalo herói não pode continuar no anonimato!

 Pontos Chave do Protocolo de Intenções:

Objetivo Específico: preservação do cavalo nordestino;

Objetivo Geral: preservar e selecionar o cavalo nordestino;

Metas Gerais: alcançar um melhor padrão racial zootécnico sem perder as principais características da raça;

Resultados Esperados: criação de outros núcleos, buscar apoio de entidades públicas e acadêmicas, valorização da raça junto ao homem do campo;

Obrigações dos Componentes: seguir as normas predeterminadas, priorizar a seleção e preservação do cavalo nordestino sem a infusão de raças exóticas, contribuir com a sua cota mensal (dividida entre os outros componentes em partes iguais), se responsabilizarem pelo bem estar dos animais;

Direitos dos Componentes: participar e opinar nas decisões do grupo, ser proprietário cotista dos animais adquiridos pelo grupo;

Descriminação dos Recursos: contribuição dos componentes, doações, parcerias, patrocínios;

Plano de Ação: os animais ficarão distribuídos e acompanhados nas propriedades dos componentes do núcleo, os animais separados para a seleção serão levados à sede do núcleo para serem realizados os trabalhos melhorados de manejo alimentar, sanitário, exercícios e doma, todos os animais serão resenhados, fotografados, receberão uma numeração que seguirá para um banco de dados informatizado e de fichário. Todos os animais serão ferrados a fogo, na coxa direita, com a marca da carranca, símbolo do núcleo Juazeirense que é também o símbolo de todos os outros núcleos, mais a sua numeração e ou ferro do criador na paleta esquerda

 

  Criação da AEPCN (Associação Equestre e de Preservação do Cavalo Nordestino)
Inicialmente nasceu o núcleo Juazeirense de preservação e seleção do cavalo nordestino de um sonho antigo de Luis Cleber e Carlos Augusto, dois abnegados defensores desta raça e apaixonados por tudo que diz respeito ao universo do cavalo e que trouxe para o grupo o amigo Gênison e posteriormente o zootecnista e professor universitário Jânio Benevides que desenvolve seu doutorado tendo como tese a descrição fenotípica do cavalo nordestino e que muito contribuiu com o seu conhecimento zootécnico no direcionamento das corretas características da raça. Mediante a preocupação na qual se encontrava os remanescentes do cavalo da raça Nordestina, em 10 de novembro de 2010 é fundada a Associação Equestre e de Preservação do Cavalo Nordestino (AEPCN) na cidade do Juazeiro no estado da Bahia que tem como objetivos de resgatar a raça, preservar e de selecionar animais, bem como registrar novos animais em livros próprios, realizaram pequenas modificações com relação ao último Padrão da Raça que data de 1987. Os machos no anterior deveriam ter altura mínima e máxima de 1,30 cm e 1,46 cm e fêmeas de 1,27 cm e 1,43 cm, respectivamente; para AEPCN a altura máxima permitida para ambos o sexo passou para 150 cm, e mínima para machos e fêmeas de 1,35 cm e 1,30 cm, respectivamente. Todavia, para o setor de registro genealógicos do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) ainda o que vale é antigo regulamento de registro genealógico do cavalo da raça Nordestina. Existe além do Núcelo de Preservação e Seleção do Cavalo Nordestino em Juazeiro no estado da Bahia um outro na cidade de Brejo Santo no estado do Ceará que funciona desde 2011 que estão sob o regimento da AEPCN. A AEPCN tem como presidente e vice-presidente os senhores Luis Cleber Soares Machado e Carlos Augusto Silva, respectivamente que tem mandato 2010-2013 e vem realizando e participando de diversos eventos para divulgação e fomento do cavalo Nordestino tanto em âmbito Nacional como Internacional". A AEPCN busca um trabalho de seleção do cavalo nordestino através dos melhores indivíduos, sem infusão de outras raças, sempre tendo a preocupação em manter as qualidades que fazem do cavalo nordestino um cavalo econômico, rústico e resistente, que dispensa ferraduras e que o acompanha a mais de quatro séculos, porém oferecendo um manejo nutricional e sanitário que proporcione um resultado satisfatório de crescimento o livrando da implacável fome o persegue por muitos séculos e que remete sempre a uma imagem negativa, daquele cavalo feio e esquelético.